TUDOJUNTOMESMO II

A saga continua...

segunda-feira, junho 09, 2008

Toma lá. E cá?

Ontem, durante o almoço em família, ouvi uma tia falando:

- ... porque ele apanhava na escola. Aí eu falei pra ele que na próxima vez que apanhasse, ia apanhar de mim também.
- Como é, tia?
- Eu falei pro Alemão que se ele apanhasse na escola, ia apanhar em casa também.

Eu abri a boca pra falar, mas desisti. E ela continuou.

- Uns dias depois ligaram pra eu ir à escola porque ele tava na diretoria. Cheguei lá e ele tinha dado uma surra num menino da sala dele. Tinha derrubado o menino no chão, montado nele e dado vários socos na cara do menino. Eu fiquei preocupada por aquilo que eu tinha dito pra ele. Mas a diretora disse que o outro menino era uma peste, que brigava quase sempre e tava demorando pra apanhar de alguém. (rindo) Acho que ele ficou com medo de apanhar em casa. Até que deu certo. Mas eu falei pra ele não brigar mais.

Fiquei pensando nessa coisa de "se apanhar na rua, apanha em casa também".

Taí, algo que nunca vou dizer ao(s) meu(s) filho(s).

Minha mãe dizia pra não brigar, mas nunca deixarem me bater. Meu pai também ia nessa linha. Mas em algum momento alguém - provavelmente meu pai - disse o tal "se apanhar na rua, apanha em casa também". Na verdade, não tenho certeza nem mesmo se tal frase foi proferida. Mas eu tinha medo de apanhar em casa se apanhasse na rua. Meu pai não era bruto, mas era bravo e eu tinha medo de apanhar dele - como acontecia, às vezes, por alguma "arte" que eu aprontasse. (Aliás, isso me lembra um tijolo na cabeça dum menino... Mas nesse dia eu não apanhei). Quando eu brigava, não contava em casa depois, ainda que mais tivesse batido do que apanhado. Mas na maioria das vezes eu evitava brigas - mesmo que fosse provocado - o que não me deixava com uma fama muito boa.

Pode ter dado certo com meu primo, mas comigo não funcionou tão bem assim...

Por isso, vou seguir o "não brigar, mas não deixarem bater de graça".
E quando Digão apanhar, vamos ver o que aconteceu, se se machucou...

- Isso não é nada filho, vai sarar. O importante é que você enfrentou o moleque mesmo ele sendo duas vezes maior que você (exagero - hehehe). Importante é que você é corajoso!

Amém.

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7 Comments:

  • At 7 de julho de 2008 às 13:40, Blogger Marcos Bonilha said…

    Abandonou o barco?

     
  • At 15 de julho de 2008 às 14:09, Anonymous Anônimo said…

    "gui" batia em todos no predio.menino, menina, tanto fazia. o meu filho era menor e, como os outros, saco de pancada. um dia, depois dele levar a pior, eu na qualidade de pai disse: da próxima vez que ele te acertar não chora. esquece se está doendo. levanta a cabeça mira o nariz dele e manda a mão com toda força. não para, enfia os dedos nos olhos dele. se ele cair no chão chuta a cabeça dele. detona. a mãe ao lado ouvia aterrorizada o pai falando aquilo para o seu filho. não teve coragem de interromper. depois, ao me interpelar eu disse: calma que sei o que faço. um belo dia minha sogra teve de usar toda a energia em remover as mãos do meu filho do pescoço do "gui" que mais um pouco morria estrangulado. moral da história: "gui" amansou e não tentou nunca mais bater nele. hoje, adultos, são amigos.

     
  • At 24 de julho de 2008 às 21:36, Anonymous Anônimo said…

    Bonilha, mais ou menos... Ando meio ocupado, principalmente com o trampo. E acabo deixando o blog um pouco de lado, pois qdo chego em casa só quero saber de descansar e curtir o Digão. Sei lá, deve ser inferno astral extended.

    Anônimo, muito bom o teu relato!!!

     
  • At 29 de julho de 2008 às 12:35, Blogger CF said…

    É uma coisa que eu também não diria para um filho. Pobre criança!
    Mas pior que isso é quando o pai comemora que o filho BATEU. Já vi isso, e confesso, me deu asco.

     
  • At 1 de agosto de 2008 às 12:15, Blogger Laka said…

    Oi Camiloo!
    Voltei a postar!!
    E o seu filhote? Como tá?
    Beijosss
    Laka

     
  • At 12 de agosto de 2008 às 23:18, Anonymous Anônimo said…

    Queguido

    Vou desistir de entrar aqui, tudo bem que agora existe um homem entre nós. Mas será que a nipônica não te dá nem um minuto p/ postar aqui, para nós mortais? você acha que nós cinco não sentimos sua falta? Até li "O irmão do meio", denovo; ainda se parece comigo.

    beijos p/ família

     
  • At 11 de maio de 2011 às 19:01, Anonymous Anônimo said…

    ADOREI http://www.rsurbano.com.br/BOLSAS/oferta_do_dia

     

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