É Carnaval, é folia e nesse dia ninguém chora...

Essa época de carnaval chegando me traz saudade dos meus tempos de folião, quando eu frequentava escola de samba e acompanhava os desfiles todos.

Inclusive, tenho um primo que é compositor de sambas-enredo, tendo sambas gravados pela Pérola, Peruche, Tom Maior, Águia de Ouro...

Desfilei por três anos seguidos (88, 89 e 90) na Pérola Negra, sendo campeão em 88 (Grupo 2) e 89 (Grupo 1). Engraçado é que eu nunca desfilei no Anhembi. As três vezes foram na Tiradentes ainda.

É difícil descrever a emoção de desfilar. É emocionante, contagiante, um transe, sei lá... Ilusão de que tudo, tudo é alegria. É de arrepiar mesmo.

Em 88, na minha primeira vez, achei que ia ter um piripaque no meio da avenida, de tão arrepiado que eu estava.
Em 89, com as arquibancadas mais cheias, idem.
Em 90, a emoção foi diferente. Fomos muito mal, a galera não se empolgou.
Mas foi inesquecível. Meu pai desfilou pela primeira vez. E o tempo todo ao meu lado. (Pqp! Que saudade!!!)

Depois disso, fui me afastando aos poucos do samba e parei de acompanhar. Até ameacei uma volta em 99, quando um outro primo ganhou o samba na Águia, mas não desfilei.

Na Pérola, na Águia ou na Gaviões, se Deus quiser, um dia eu volto.

Resolvi postar isso aqui depois de ler a Vivi contando que vai desfilar pela primeira vez, na Imperador do Ipiranga.
Vai se arrepiar certamente.

“Me dá a mão, amor!
Sorri pra vida e afasta essa dor.
Me dá mão, amor!
Que o samba é quente na Imperador!”
(refrão de um samba antigo da Imperador do Ipiranga)