TUDOJUNTOMESMO II

A saga continua...

quinta-feira, julho 27, 2006

Moisés

Foi numa sexta-feira de novembro de 1979. Lembro que no finalzinho do dia, quando começava a anoitecer, caiu uma chuva bem forte. Lembro de ter corrido para fechar a janela do meu quarto e que ficamos sem luz a noite toda. Minha mãe então acendeu velas pela casa - eu tinha medo de escuro. Jantamos e, sem poder ver televisão, fomos dormir cedo.
No dia seguinte, meu pai ouviu um som estranho ao acordar. Parecia um choro resmungado. Mas era sábado e ele preferiu continuar deitado. Alguns minutos depois, ele ouviu aquele som novamente. Levantou-se e, ao abrir a janela da sala, viu uma cachorrinha carregando um filhote, saindo do nosso quintal pelo vão do portão. O som que ele ouvira era choro de cachorrinho. Então, meu pai foi ao banheiro. Quando voltou à janela, viu a cachorra levando mais um filhote. Só que desta vez, ela o viu também e não mais retornou.
No fundo do nosso quintal, ficava a serralheria do meu pai. Aliás, era a única parte do quintal que era coberta. E foi lá que meu pai encontrou um último filhote, que a mãe não voltou para buscar.
Meus pais não queriam cachorro em casa e o filhotinho, que provavelmente nascera na serralheria, foi dado à nossa vizinha. Mas eu queria! E passei um tempão na casa da vizinha brincando com o filhotinho. E fiquei tanto tempo que ela disse que eu poderia levá-lo de volta. Eu tinha 7 anos.
Meu pai deu-lhe o nome Moisés. Por dois motivos: 1) o Corinthians tinha um jogador chamado Moisés; 2) Moisés (Bíblia) foi deixado pela mãe.
Moisés era um vira-lata marrom de porte médio, manso, fiel, obediente. Eu me sentia o seu dono, mas ele não largava mesmo era do meu pai. Certa vez, meu pai teve pneumonia e ficou internado. Moisés passou uma semana sem sair da oficina. Só saiu quando meu pai voltou do hospital.
Tenho muitas histórias pra contar, como quando pulou o muro pra brincar com o pequinês do vizinho e quebrou uma perna, ou quando brigou com o pastor alemão da rua de cima (e apanhou). Mas não ia caber aqui.
Numa manhã de sábado, já velhinho, Moisés caiu do terraço. Gemia muito e teve que tomar uma injeção de morfina. À noite, quando ele morreu eu não estava em casa. Não sei - e nem quero saber - o que foi feito dele.
Moisés morreu há dez anos, em 1996, aos 17 anos. Foi meu parente dos meus 7 aos 24 anos. Uma vida. Até hoje sonho com ele. Muitas vezes sonho que está brincando com meu pai.
Certa vez, alguém disse: "quer ser amado incondicionalmente? Tenha um cão."
Eu tive. E sei o que significa.

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quinta-feira, julho 20, 2006

Rindo na Rede

Geralmente, dou uma risada assim:
RÁRÁRÁRÁRÁ!!!

Também costumo dar uma risadinha:
Hehehe!!!

Ou uma garagalhada assim:
Huahuahuahuahua!!!

Mas quando é aquela gargalhada de doer o estômago:
Huahuahuahuahuahuahuahuaaaaaiaiaiaiaieeeeee!!!

E vc, como ri na rede?

(Eita falta de assunto - hehehe.
Na verdade, assunto até tem, mas quero manter o bom-humor.)

quarta-feira, julho 19, 2006

Frase do dia - Casamento

Frase pescada do blog da Anna V. - que não é a autora da pérola:

"A presença das abelhas é um ótimo sinal para um casamento. Porque um casamento é assim, tem momentos doces como o mel, e momentos de ferroadas".

sexta-feira, julho 14, 2006

Quer ver várias mulheres te olhando com cara de apaixonadas?
Quer emocionar a tua mulher/namorada/amante/ficante/e afins?
Simples: compre flores.
Não precisa ser uma ocasião especial, mas não faça isso toda hora pra não perder a graça, né?

A grande maioria das mulheres adora receber flores.
A grande maioria dos homens, eu inclusive, mal se lembra disso. Aliás, mal sabe diferenciar uma camélia de uma rosa, um crisântemo de uma margarida... Ou simplesmente, como eu, não tem o hábito, não lembra, não sabe comprar flores.

Ontem fez 4 anos que me casei. De coração - e após alguma insistência das moças que trabalham comigo - resolvi comprar flores. Aproveitando que fui dispensado do trabalho mais cedo, parei numa floricultura no caminho pra casa e comprei um buquê de rosas colombianas, segundo a vendedora - hehehe. Aliás, esta foi a primeira a fazer cara de apaixonada quando eu disse o motivo.
Saindo da loja, a caminho do ponto de ônibus, atravessei uma praça onde havia vários adolescentes ao redor de um rapaz que tocava violão. Todas as meninas se voltaram para mim com cara de apaixonadas.
No ponto, no ônibus e perto de casa a cena se repetia, independentemente da idade da fêmea.

Cheguei em casa, escondi o buquê, pedi pra minha Querida sentar-se no sofá com os olhos fechados e... tcharam!... pode abrir... OOOOOOOOOOH!!!
Ela ficou tão emocionada que não pude deixar de me emocionar também.
E fui recompensado com ablaços, calinhos, beijinhos, aglados... - hehehe

Querida, eu te amo, visse?

sexta-feira, julho 07, 2006

Purô gessó.

terça-feira, julho 04, 2006

Sessão Replay (Reloaded) - “Jogadores de Condomínio”

A coluna é antiga, de 02/05/04, e foi "linkada" no TJM dois dias depois sob o título "Pelo amor dos meus filhinhos, Flávio Prado!".

Tem a ver com a seleção ou não?

Clique aqui para ler.

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segunda-feira, julho 03, 2006

Au revoir

Em praticamente todos os programas de TV que vi, alguém "meteu o pau" na Seleção pela derrota diante da França. Como já disseram tudo o que havia pra ser dito, vou experimentar falar da Seleção por outro caminho: a música. Não manjo nada de música, mas que Zidane (trocadalho do carilho fraquinho...).

Antes, algo que ouvi de uma torcedora:
"Esperávamos uma selação de heróis, mas vimos uma seleção de 'celebridades'".


É Uma Partida De Futebol - Skank

Bola na trave não altera o placar (nem na barreira, nem nas mãos do Barthez...)
Bola na área sem ninguém pra cabecear (nem no ataque, nem na defesa)
Bola na rede pra fazer o gol (olha lá o Henry sozinho, Roberto Carlos!)
Quem não sonhou em ser um jogador de futebol? (O Parreira?)

A bandeira no estádio é um estandarte (Robinho! Robinho!)
A flâmula pendurada na parede do quarto (Saudade do Felipão)
O distintivo na camisa do uniforme (Cadê o amor à amarelinha, Zagallo?)
Que coisa linda, é uma partida de futebol (Não era comercial da Nike...)

Posso morrer pelo meu time (só pelo Corinthians)
Se ele perder, que dor, imenso crime (só pelo Corinthians)
Posso chorar se ele não ganhar (só pelo Corinthians)
Mas se ele ganha, não adianta (aí vale tb a Seleção!)
Não há garganta que não pare de berrar (Uáááááááááá!!!)

A chuteira veste o pé descalço (Chuteira de ouro pra quê, Ronaldinho?)
O tapete da realeza é verde (Ninguém lembra de ter jogado no terrão)
Olhando para bola eu vejo o sol (tem gente que vê dólares, euros..., menos a bola)
Está rolando agora, é uma partida de futebol (e não festival de embaixadinhas)

O meio campo é lugar dos craques (Cadê? Ah, o Zidane...)
Que vão levando o time todo pro ataque (hãããã?)
O centroavante, o mais importante (1+1=1, ou, dois fazem o mesmo que um)
Que emocionante, é uma partida de futebol (e não uma simples pelada)

O meu goleiro é um homem de elástico (Menos...)
Os dois zagueiros tem a chave do cadeado (O adversário tinha um alicate...)
Os laterais fecham a defesa (Quem?)
Mas que beleza é uma partida de futebol (Beleza? Ah, é por isso que o R.Carlos tava ajeitando a meia na hora que o Zidane bateu a falta?)

Bola na trave não altera o placar (Pra frente, Brasil!)
Bola na área sem ninguém pra cabecear (P... que o pariu!)
Bola na rede pra fazer o gol (A casa caiu)
Quem não sonhou em ser um jogador de futebol? (Buá-buá-buááá!)

O meio campo é lugar dos craques
Que vão levando o time todo pro ataque
O centroavante, o mais importante
Que emocionante, é uma partida de futebol !

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